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sábado, 16 de agosto de 2014

CONSTRUINDO SEU SONHO Parte 4 - PREPARATIVOS INICIAIS

BARRACÃO ORGANIZADO

Para a obra começar bem, é imprescindível planejar o canteiro de obras, fundamental para obter qualidade na execução dos serviços e maior controle do cronograma físico da obra, assim como o correto armazenamento dos materiais. Além disso a organização e sinônimo de economia, uma obra desorganizada pode gerar o uso de produtos vencidos como por exemplo o cimento que pode acarretar em patologias graves para a construção  além de um elevado índice de desperdícios de tempo e materiais. A organização miminiza o risco de acidentes, sua implantação deve atender a Norma Regulamentadora 18 da Consolidadação das Leis do Trabalho que estabelece diretrizes de ordem administrativas de planejamento e de organização.

BARRACÃO

Garante a organização no canteiro de obras e evita que os materiais sejam avariados ou roubados. Além de armazenar materiais como cimento, cal, madeira e as ferramentas de trabalho, tem espaço para escritório, banheiro, local para refeições e em alguns casos até mesmo dormitórios.



Não há um tamanho padrão, porém suas dimensões devem suprir as necessidades da obra, o banheiro em especial deve ter no mínimo 1,20m2 para a área do chuveiro e 1,20m2 para a bacia. Já para o refeitório o mínimo recomendado é de 8,0 m2, o depósito deve ser dimensionado de acordo com a quantidade de materiais e ferramentas a serem estocados.


Alem disso, o barracão deve estar próximo a um ponto de água em lugar de fácil acesso para os caminhões e permanecer no mesmo local até o final da obra.
Para produtos a granel como areia e pedra brita, determine um espaço que não atrapalhe o trabalho e que seja de fácil acesso e fique próximo ao local de consumo o que evita desperdícios.
Para a construção do barracão podem ser utilizados diversos materiais, podem ser de “Madeirit” ou alvenaria que são de fácil desmanche e podem ser reaproveitados, sua cobertura deve ser feita com madeiramento e telhas, o telhado deve ser de 1 água e sem a necessidade de forro. As telhas de fibrocimento onduladas com espessura de 3 mm a 6 mm, também são utilizadas.

Para o piso, os tijolos comuns (de barro) são mais usados. São assentados diretamente sobre o chão em posição deitada, como se fossem ladrilhos e rejuntados com argamassa de cimento e areia. Algumas obras recapeiam esse piso com a mesma argamassa, formando um recobrimento de 2 cm, pode-se também optar por fazer uma camada de concreto magro e recobri-la com argamassa de cimento e areia.
Em obras de maior prazo, pode-se compensar o uso de gesso acartonado que apesar do preço mais elevado, possui custo de manutenção baixo pela alta durabilidade e resistência a umidade.

ÁGUA E LUZ

Nenhuma obra começa sem a ligação de água e de luz. Para água, devemos construir um abrigo e instalar um cavalete como respectivo registro, dentro das normas fixadas pela concessionária local. A maneira mais usada é a localização, afastada do lote no máximo de 1,50m, com fácil acesso para a inspeção, percurso simples entre cavaletes e reservatórios e distancia máxima de 7m do portão de entrada.
Se a obra ainda não for servida pela rede de água local, o abastecimento  deverá ser feito por meio de um poço e é necessário instalar um banheiro com fossa para a captação do esgoto.
Para se conseguir a ligação de energia elétrica, é preciso enviar uma carta a concessionária local, juntamente com uma planta da casa, endereço da obra, potencia a ser instalada no canteiro e potencia do maior motor empregado, especificando também se será solicitado o estudo e o orçamento, deixando claro que a ligação é provisória.

SEGURANÇA

Para oferecer segurança no terreno deverão ser instalados tampumes. Muitas vezes é necessário contratar um ou dois vigias durante a noite para fazer a guarda dos materiais e das ferramentas, lembre-se que esse funcionário requer por lei, descanso semanal, hora extra, adicional noturno, feriados e fim de semana.

ARMAZENAMENTO

Areia e pedra brita:  por serem compradas por m2 devem ser colocadas em um cercado de madeira próxima a área de uso. Apesar de não estragarem quando em contato com a umidade, não deverm er misturadas com terra, entulho ou uma com a outra. No caso da areia o cercado deve ser reforçado e coberto com uma lona para que não escorra nos dias de chuva.
Tijolos

A área para armazena-los é de 0,25m2 para 250 tijolos, considerando a altura de 1,65m, sendo que cada bloco recebe dez unidades esparsas para a identificação dos outros blocos adjacentes de igual capacidade.

Madeira

É reservada uma área coberta e ventilada com 6 m de comprimento e base de 1 a 2 m2 equivalente a 60 tábuas de 1” ou a 30 caibros de 10 x 10 cm.

Aço

Deve ser estocado de maneira organizada sem atrapalhar a circulação dos operários, além disso deve estar separado por bitolas e armazenado sobre pedaços de madeira para não ter contato com o solo. Para 1 tonelada de barras, é preciso calcular uma área com comprimento mínimo de 15m e 0,50m2 de base.


Azulejos, tubos e conexões: apesar de serem não perecíveis, devem ser armazenados em locais cobertos pelo alto custo e fragilidade.

Cimento: além de ficar atento a validade, armazene-o em local seco e protegido. Cada saco pesa 50 kg e tem dimensões de 0,65 x 0,15m. então separe uma área de 1 m² para cada 1.500 kg ou seja, 30 sacos, incluindo a área de circulação. Lembre-se que cada pilha de cimento deve ter no máximo dez sacos, os estoques que vencem primeiro e estoque por cima.


Cal: é preciso designar uma área abrigada com cerca de 1m² para cada m². no caso da cal hidratada, pode-se designar uma área de 1m² para 35 sacos. Nunca estoque sacos de cimento e cal num mesmo depósito. A dimensão do saco de 20 kg é de 0,55 x 0,30 x 0,10m.

SONDAGEM SUA IMPORTÂNCIA E NECESSIDADE NA OBRA

A execução desta etapa é muito importante para garantir o sucesso da obra. O gasto com a sondagem pode ficar abaixo de 1% (hum por cento) do custo total da construção. Porém a não realização deste trabalho pode gerar gastos que variam de 20% a 40% do valor total da obra só para sanar problemas apresentados na estrutura da casa.

É recomendável conhecer os tipos de solo existentes no terreno, é fundamental para definir a fundação ideal para a nova casa, ao conhecer o perfil geológico do lote, o engenheiro responsável pelo projeto estrutural irá definir a fundação ideal para a casa e as melhores soluções para viabilizar a sua execução.

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Ao realizar a análise do solo, é possível determinar a profundidade de ocorrência do lençol freático e com o relatório de sondagem em mãos o profissional terá informações ricas em detalhes para escolher o melhor tipo de fundação para a obra, bem como sua cota de apoio de uma forma mais econômica, segura e eficiente, numa fundação adequada e bem dimensionada, dificilmente haverá problemas como a ruptura das tubulações o aparecimento de trincas e o afundamento do piso ou da edificação.
Entre as informações fundamentais fornecidas pela exploração  estão o perfil geotécnico do local investigado, consistência e compacidade dos solos investigados, profundidade de ocorrência do lençol freático e determinação da resistência do solo.
Como a sondagem é um trabalho técnico e minucioso quando mals executada pode comprometer a parte estrutural da residência e o andamento da obra, por isso é necessário um critério minucioso ao contratar a empresa pois tais trabalhos devem ser realizados  por uma empresa de fundações legalmente habilitada com registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura e Agronomia (CREA) do estado.
O resultado  da sondagem é sempre acompanhado por um gráfico do perfil do terreno e um relatório com as seguintes indicações: características da sondagem, localização dos furos de onde foram extraídas as amostras, classificação das camadas do solo, tipo de ensaio empregado, nível do terreno, apontamento dos lençóis freáticos e resistência do barrilete amostrador à penetração.

Método de reconhecimento

Existem diversas técnicas para a análise e reconhecimento dos tipos de solo. Apesar de terem o mesmo objetivo, cada uma engloba procedimentos específicos e diferentes. As mais utilizadas são a percussão, a rotativa, a DEEP SOUND e a exploração .

*Obs.: em residências, o método de percussão é o mais utilizado devido ao custo acessível e á praticidade na execução do trabalho.

Percussão

As amostgras são feitas com um barrilete amostrado, que mede a resistência do solo a percussão pelo número de golpes. O barrilete pesa 65 kg e é colocado a 75 cm de altura. São feitas três penetrações de 15 cm, totalizando 45 cm do solo, de onde a amostra é retirada

*Obs.: Além do custo relativamente baixo, a sondagem a percussão com determinação de SPT (Standard Penetration Test)é uma das mais utilizadasna engenharia pois possui fácil execução e possibilita o trabalho em locais de difícil acesso.

Rotativa

Neste processo, é feito o reconhecimento de solos duros e rochas, através da perfuração para isso, utiliza-se um equipamento especifico com broca diamantada.

Deep sound

Para a análise do solo é feita a escavação continua com um penetrometro, montado sobre um caminhão. O aparelho avalia somente a resistência do solo aos golpes.

Exploração

Feita a abertura de poços  o consultor de fundação entra e faz a vistoria do que foi avaliado na etapa de reconhecimento do solo.

AMOSTRAS COLETADAS DEVEM SER ANALISADAS EM LABORATÓRIO APÓS ESTA ETAPA É POSSIVEL DEFINIR A FUNDAÇAO IDEAL DA SUA CASA

sexta-feira, 27 de junho de 2014

CONSTRUINDO SEU SONHO Parte 3 - PROJETO (Medidas de conforto)

MEDIDAS DE CONFORTO

Para aproveitar bem os espaços dos ambientes e ainda garantir comodidade é importante seguir algumas metragens mínimas de projeto.

Na hora de dimensionar os espaços de sua casa é possível garantir ambientes confortáveis e com melhor aproveitamento dos espaços. Para que se atinjam medidas adqeuadaas devem ser previstos os usos e o mobiliário que os espaços irão abrigar, seus acessos e circulações, suas instalações e incidências da iluminação e ventilação natural, tudo isso para garantir o conforto do morador e/ou usuário.  O tipo de atividade que será exercida em cada local, o mobiliário desejado ou necessário nos ambientes, o número de usuários bem como seus hábitos e costumes. Existe ainda uma metragem mínima de conforto e segurança e máxima de aproveitamento da área do lote, determinadas pela legislação.
Deve-se consultar o código de obras da cidade e a legislação sanitária especifica, que preveem dimensões mínimas dos cômodos e das áreas destinadas a iluminação e ventilação. Além disso, algumas regras arquitetônicas estabelecem medidas necessárias para o bem estar dos moradores. Elas foram determinadas depois de um estudo realizado por pesquisadores europeus que analisaram o modo de vida e as necessidades do homem.
Algumas medidas que garantirão seu conforto e segurança em diferentes ambientes:

COZINHA


A dimensão mínima prevista é de 4 m2, o  corredor de circulação que também pode funcionar como área de trabalho deve ter largura mínima de 0,90 m para que uma pessoa possa passar por ele sem  interferir no trabalho da outra. A altura da pia de louças pode variar conforme a estatura dos moradores, sendo que a altura média é de 0,92 m. a profundindade sugerida é de 0,55 m.


PORTAS
As portas de uma folha devem ter largura entre 0,62 e 1,0 m. já as de duas folhas devem ter largura entre 1,25 e 1,75m. Caso seja instalado o olho mágico, este deve ficar ao centro numa altura mínima de 1,50 m, ou de acordo com a estatura do menor morador para garantir comodidade.

AREAS DE SERVIÇO
deve contar com uma área de pelo menos 4 m2 , a altura mínima recomendável para a instalação do tanque de lavar roupas é de 0,80m.

BANHEIRO:
As medidas podem variar levando em consideração os itens que constarão no interior do ambiente. Caso possua apenas bacia sanitária, a dimensão mínima deve ser de 1,20 m. se além da bacia tiver lavatório a medida não deve ser inferior a 1,50 m2. Quando contar com bacia sanitária e chuveiro, deverá ter 2 m2 .Se abrigar bacia sanitária, área para banho com chuveiro e lavatório, precisará de 2,50 m2 . Para Box e chuveiro as dimensões mínimas devem ser de 0,85 x 0,85m. a largura mínima para garantir conforto deve ser de 1,20m e ducha de 2,10m.


JANELAS

Determinadas pelo Código de Edificações em função do uso do ambiente e de sua área sendo 10% da área de piso para depósitos, cozinhas, copas e lavanderia e 15% para ambientes destinados a repouso, estar, estudo e trabalho. A área de ventilação natural deverá ser de no mínimo metade da superfície de iluminação natural do ambiente. O tamanho deve seguir o desejo dos proprietários e o estilo arquitetônico da residência. É aconselhável que fiqueem a uma altura quepermita que uma pessoa em pé ou sentada no ambiente consiga ver o lado de fora. Para janelas de cozinha a altura mínima deve ser de 1,25 m entre o chão e a base da janela. Em escritórios a altura deve ser de 1,0m e para banheiros 1,80m.



LAVABO
Composto por lavatório e vaso sanitário,d eve ocupar área mínima de 0,80 x 1,20m


GARAGEM
A metragem mínima é de 2,80 x 5,00m. as vagas devem ser projetadas para que quando o carro estiver centrailzado, exista ao redor um espaço exista ao redor um espaço de no mínimo 0,30m para facilitar o embarque e desembarque.
TOMADAS
Podem ser colocadas em três alturas
·         0,25m;
·         1,10m;
·         2,20m;

DORMITÓRIOS
Para o conforto dos moradores a área mínima deve ser de 8,00 m2. Deve ser reservado o espaço para a cama que tem no mínimo 2,00. A largura de uma cama de casal varia em torno de 1,38m. Para a circulação confortável ao redor da cama, é prudente reservar nas laterais um espaço de pelo menos 0,60m entre a cama e as paredes e 0,75m nos pés da cama. Os dormitórios de empregada devem ter pelo menos 6,00 m2 . Caso o quarto conte com um Closet esta área para se vestir deverá ser de 2,15 x 2,15 aproximadamente.

ARMÁRIOS
Para facilitar o uso não devem ultrapassar a altura de 1,80m.Nos casos de armários embutidos suspensos os pés devem ter altura mínima de 0,10m para facilitar a limpeza, recomenda-se uma profundidade de 0,55m para os cabideiros.

SALAS
Para conseguir conforto acústico e visual, as salas de TV devem ter no mínimo 12,00m2 e pé direito de 2,40m. a distancia entre a TV e o telespectador deve ser de 2,50m e o monitor deve estar a uma altura entre 0,50 e 0,80m do chão. Já para a sala de jantar o espaço mínimo entre a cadeira e a mesa deve ser de 0,90m para uma refeição confortável. A mesa se for redonda para quatro pessoas deve ter 0,90m de diâmetro e para seis pessoas 1,25m. Se a mesa for quadrada com quatro lugares as dimensões mínimas devem ser de 1,30 x 1,30m e, se contar com oito lugares, deve ter 1,50 x 1,50m. O espaço entre as cadeiras e a parede deve ser de 0,80m para garantir conforto as pessoas ao sentar e levantar.



ESCADAS
A largura mínima para escadas de uso restrito, deve ser de 0,90m e para as escadas curvas e estreitas entre 0,70 e 0,80m. Para escadas comuns onde duas pessoas possam passar ao mesmo tempo a largura deve ser d 1,20m. Se for uma escada de uso coletivo, onde três ou mais pessoas passem ao mesmo tempo, a largura não deve ser menor do que 1,90m. Em todos os casos o pé direito deve ser de 2,10m.
Os degraus também devem ser levados em conta. Para garantir conforto e segurança, eles devem ter 0,17m de altura e 0,27m de largura no mínimo.

GUARDA CORPO
Nas escadas e terraços eles servem para proteger o corpo de quedas e devem ter altura m[inma de 0,85m.











segunda-feira, 9 de junho de 2014

CONSTRUINDO SEU SONHO Parte 3 - PROJETO

OS PROJETOS DA CASA


Entender as plantas, perspectivas e suas especificações ajudam a esclarecer suas dúvidas com o profissional arquiteto ou engenheiro logo após a entrega do anteprojeto. A leitura e interpretação desses desenhos pode ser um pouco difícil para quem está construindo pela primeira vez, mas cabe ao profissional contratado (arquiteto ou engenheiro) explicar e evidenciar todos os pontos do projeto, fazendo com que o futuro proprietário entenda os detalhes do projeto ainda durante as reuniões de criação do trabalho evitando assim surpresas desagradáveis durante a execução da sua obra.

Uma das maiores dificuldades dos futuros proprietários é visualizar a planta baixa de um projeto e imaginar como ficará determinado ambiente ou fachada. Para o entendimento do projeto arquitetônico, sempre se parte da planta baixa. Ela dá uma visão do topo como se a obra tivesse sido cortada e nela pode se ver a disposição dos cômodos e a ligação entre eles e suas medidas. Os desenhos em perspectiva maquetes tridimensionais e outros recursos digitais são muito utilizados para o entendimento do projeto.
A planta da estrutura apresenta a locação de elementos estruturais como pilares, vigas, fundações, entre outros. Deve ser feita logo após a conclusão do projeto arquitetônico pois algumas modificações podem ser solicitadas na arquitetura como por exemplo, o deslocamento de uma porta ou janela para evitar um gasto excessivo na estrutura, já as plantas de instalações hidráulicas e elétricas apresentam uma simbologia padronizada que representa a função , posição e altura dos pontos de abastecimento. O engenheiro autor do projeto, fica encarregado de explicar aos clientes toda a simbologia e esclarecer eventuais dúvidas.
Casa projeto possui as características que a casa terá, como escadas, portas, janelas, paredes, vigas e pilares, sua apresentação gráfica varia de profissional para profissional quanto as técnicas e aparência.

PROJETO ARQUITETONICO

É formado por um conjunto de várias plantas e outros desenhos técnicos. Faz parte deste grupo as perspectivas que mostra ao futuro morador como ficará a nova casa.

FACHADAS

Visualização da frente e laterais da residência.
CORTES

Existem dois tipos,  o longitudinal e o transversal. O longitudinal mostra o corte da casa do fundo a frente, onde podem ser vistos a implantação do terreno, os níveis, o telhado a projeção das paredes e das esquadrias. Já o corte transversal mostra os mesmos elementos, cortando a casa de lado a lado.


PLANTA DE IMPLANTAÇÃO

Conhecida como planta de situação, tem como função mostrar a distribuição de edificações e outros elementos construídos no terreno.

PLANTA BAIXA

Representa a visão da residência de cima para baixo. Nela devem constar a distribuição e dimensões de todos os ambientes da casa, portas e janelas devidamente posicionadas entre outros. Cada pavimento deve ter uma planta baixa.

PLANTAS DE ESTRUTURA

Elaborado pelo Engenheiro civil especializado em cálculo estrutural, estas plantas definem todos os elementos estruturais da residência. Nelas deverão constar as plantas de infra-estrutura que englobam os elementos estruturais que ficam abaixo do solo como fundações, estacas, sapatas e vigas baldrames e as plantas de superestrutura que são os elementos que ficam acima do solo como pilares, lajes e vigas.


SAPATAS

Fundações ou sapatas são o que fica sob a terra para manter a construção firme, sem o risco de inclinar-se, rachando as paredes em virtude de variações no terreno.

A profundidade e a largura das sapatas, dependem da obra a ser levantada sobre elas. Dependerão, também, do tipo de terreno e do tamanho da obra, para cada 60 m2 de construção, aconselhamos pelo menos 9 sapatas

Considerando uma casa padrão sobre a qual se poderá erguer um pavimento extra, mantendo-se as mesmas funções e alicerces.

  • Tipo de terreno - Rochoso (muito firme) Dimensões 40 x 40 cm Profundidade 50 centímetros
  • Tipo de terreno - Arenoso (compacto) Dimensões 60 x 60 cm Profundidade 80 centímetros
  • Tipo de terreno - Úmido (de boa resistência) Dimensões 100 x 100 Profundidade 0,95 centímetros

Quando mencionamos terrenos úmidos estamos nos referindo a áreas com lençol de água no nível das fundações. Se você começar a cavar e surgir água facilmente, precisará drenar o local utilizando bombas especiais para esgotar totalmente o lençol de água

A vantagem da sapata corrida é que ela pode ser confeccionada em alvenaria e não necessita de vigas e pilares para a sustenção do peso da parede e do telhado.

A desvantagem da sapata simples é que ela necessita de vigas e pilares para fazer a distribuição e a concentração do peso da parede e do telhado.
  • Telhado com estrutura de madeira e telha de barro do tipo francesa. PESO LINEAR 1.064 kgf / m
  • Telhado com estrutura de madeira e telha ondulada de fibro-cimento. PESO LINEAR 408 kgf / m
  • Forro de estuque. PESO LINEAR 220 kgf / m
  • Parede em alvenaria de tijolo de Barro assentado em 1/2 tijolo com revestimento nos 2 lados. PESO LINEAR 675 kgf / m
  • Parede em alvenaria de tijolo de Barro assentado em 1 tijolo com revestimento nos 2 lados. PESO LINEAR 1.390 kgf / m
  • Laje de piso com carga de pessoas e móveis de 160 kgf / m2. PESO LINEAR 1.440 kgf / m

Uma boa sapata depende de dois pontos fundamentais: o concreto e a ferragem. O interior da sapata é constituído da malha de ferro.
A malha será feita fora do buraco, nas medidas informadas na tabela já fornecida. Use um ferro na vertical para cada 20 cm de malha; assim, em uma sapata de 40 x 40 cm, teremos 9 ferros de 3/8" 10mm na vertical, com estribos de 1/4", também colocados a cada 20 cm

O buraco será um pouco maior que a malha, de forma que o concreto envolva os ferros por completo.
Antes da malha ser colocada no buraco, deve-se espalhar uma camada de concreto no fundo, onde ela assentará.

A amarração dos ferros é feita com arame cozido. Há várias formas de amarração. Passe o arame; depois, junte as duas pontas para torcê-la, com o alicate, da esquerda para a direita. A amarração é muito importante, pois evita que os ferros fiquem escorregando e saindo da posição desejada.

Partindo do fundo da malha, amarrados nos ferros centrais, ficarão os ferros para a coluna. Eles se projetaram 0,3 cm acima da malha e suas dimensões dependerão da largura do tijolo a ser usado (serão sempre um pouco menores que a largura do tijolo utilizado para erguer a parede). Sobre o assunto, é importante ler os alicerces, paredes e vigas/ colunas. Para a nossa casa padrão, pode usar para estes ferros a bitola 3/8" 10mm. Estribos, como você já sabe, são os ferros menores, que neste caso estão colocados na horizontal. Embora as dimensões variem, deve-se usar a mesma proporção, ou seja, um ferro para cada 20 cm, seja na vertical ou na horizontal.

A escolha do tipo de fundação deve ser feita sob a assistência de um Profissional do ramo de fundações como um Técnico de Edificações, Engenheiro Civil ou Geólogo.

PLANTAS DE ELÉTRICA E HIDRÁULICA

Assim como o projeto estrutural, o profissional especializado em instalações hidráulica e elétrica precisa de uma cópia do projeto arquitetônico para poder desenhá-las. Nestas plantas são identificadas todas as marcações, pontos, caminhos por onde passarão as instalações assim como todos os materiais. Além disso, possuem muitos símbolos todos legendados. 
Detalhe do projeto elétrico residencial
Detalhe do projeto hidráulico

AGUA FRIA RESIDENCIAL

O uso do PVC para água e esgoto simplificou muito a confecção destas instalações, vamos mostrar aqui o diagrama básico das instalações prediais de água fria em residências.

Quem teve a oportunidade de trabalhar a confecção de instalações hidráulicas com tubos de ferro sabe o quanto era difícil trabalhar com este material. Os tubos de PVC mudaram totalmente esta situação, hoje qualquer pessoa com um pouco de treino pode fazer uma instalação aceitável. Para arquitetos e para quem se aventura a construir por conta própria é interessante entender como funciona um sistema predial de água fria, para ajudar no próprio projeto arquitetônico. Este precisa prever os locais de passagem dos tubos, bem como a localização das válvulas, registros de controle e aparelhos sanitários.

A instalação de água fria começa na rede pública ou, no caso de locais afastados, no poço onde se coleta a água. vamos supor que a residência está ligada à rede pública, que corre pela calçada ou até mesmo pelo meio da rua.

Quando se faz o pedido de ligação de água a concessionária faz uma sangria na tubulação que chega até um registro localizado junto ao alinhamento do lote. Este registro pertence à concessionária, que o usa para interromper o fornecimento caso o usuário não pague a conta.
Do registro de entrada da concessionária parte uma ligação que chega até o hidrômetro, que faz parte de um conjunto chamado popularmente de “cavalete”. O cavalete é constituído pelo medidor de consumo também pertencente à concessionária e o registro geral da água fria, este já pertencente ao usuário. Pelas normas das concessionárias, o cavalete pode ficar até 1,50 m afastado da frente do lote, mas é conveniente colocá-lo bem na testada, voltado para fora, possibilitando a leitura do consumo sem que o funcionário da concessionária precise adentrar o imóvel.

Do cavalete de entrada sai uma ramificação que sobe até o reservatório superior, a famosa “caixa d'água”. No final desta alimentação, dentro da caixa d'água, está a torneira de bóia, encarregada de manter o nível da água lá armazenada. Da mesma saída do cavalete, também se costuma levar uma tubulação que alimenta a cozinha (torneira e filtro) e também a área de serviço, locais que precisam de mais pressão e/ou de água mais límpida. Este ramal extra costuma ser usado também para alimentar as torneiras de jardim, pois a maior pressão disponível facilita o uso de mangueiras para lavagem e irrigação.
Além da tubulação de alimentação, que termina na torneira de bóia, existem na caixa d'água mais três tipos de ligação: ladrão, lavagem e barriletes.

Esquema de distribuição de água em uma residência. O ladrão fica localizado na parte superior da caixa d'água, próximo à borda. Sua função é evitar que água transborde, caso a torneira de bóia falhar. Justamente para isto, o diâmetro do ladrão tem que ser maior do que a tubulação de entrada. Em geral, nas residências se usa tubo de 25 mm na alimentação e de 32 mm no ladrão e na tubulação de lavagem. Esta última fica exatamente no fundo, bem rente à borda, e sua função é esvaziar totalmente a caixa para limpeza ou manutenção. Para tanto a tubulação de lavagem tem um registro, para ser aberto única e exclusivamente nesta ocasião.

Chegamos então aos barriletes. Este é o nome que se dá para as saídas onde serão conectadas as tubulações de distribuição da água fria pelo imóvel. Mas qual é a diferença entre um barrilete e a saída para lavagem? O barrilete coleta a água pelo menos 10 cm acima do fundo da caixa, para evitar que se use água contaminada pelos depósitos que vão sedimentando no fundo da caixa. A saída para lavagem coleta a água o mais próximo possível ao fundo, justamente para retirar as partículas sedimentadas.

RAMAIS DE DISTRIBUIÇÃO

Os barriletes são o ponto de ligação entre os ramais de distribuição e a caixa d’água. Os ramais de distribuição, por sua vez, levam a água fria através do imóvel conduzindo-a até os pontos de consumo, constituídos pelos chuveiros e torneiras. Em pequenas obras, costuma-se sair com um tubo de 50 mm (1 1/2”) para alimentar o banheiro (com válvula de descarga) e outra de 25 ou 32 mm para alimentar cozinha, área de serviço e banheiros com bacia de caixa acoplada. Em obras maiores, com mais cômodos, é conveniente fazer uma saída para cada banheiro, outra para a cozinha e outra para a área de serviço. Com isto, um ambiente não interfere no funcionamento do outro, pois ficam totalmente independentes.

Caso o banheiro utilize caixa acoplada ao invés de válvula de descarga, pode ser alimentado com um único tubo de 25 ou 32 mm, que servirá também para o chuveiro e pia. Se o projeto estiver prevendo aproveitamento de água de chuva, de cisterna ou de reuso, deverá haver uma caixa d’água e uma tubulação especificamente para o vaso sanitário, pois não se deve utilizar água reciclada no chuveiro, nas pias, na cozinha e na área de serviço.

As medidas de tubo que indicamos acima são genéricas, mas são também as mais usadas, tanto que acabaram virando padrão para os dispositivos encontrados no comércio. Atendem realmente à maioria dos casos de pequenas obras, mas se você tiver um projeto diferente, como um comércio ou indústria, ou até mesmo uma residência um pouco mais sofisticada precisará dimensionar a tubulação, conforme veremos adiante.









Casas feitas a partir de garrafas PET, exemplo a ser seguido

http://www.casasconbotellas.com/es/ingrid.asp

quarta-feira, 12 de março de 2014

CONSTRUINDO SEU SONHO Parte 2 - Mão-de-Obra

Depois de aprovada a documentação, é hora de por o projeto em prática, para tanto você precisará de profissionais competentes que garantam a perfeita execução  da obra. Para que você possa passar por esta etapa sem prejuízos e dores de cabeça é prudente contratar mão de obra especializada, entidades de classes e associações de engenharia são boas indicações para encontrar trabalhadores capacitados, pois oferecem um banco de dados com profissionais cadastrados e habilitados (Ex.: CREA, CONFEA, CAU,...etc), é aconselhável também checar seus trabalhos já executados atestados através da Certidão de Acerto Técnico (CAT), expedido pelo CREA. A CAT discrimina o seu desempenho, o nome do cliente para quem prestou serviços, prazos e outras condições, importante também verificar se os arquitetos e engenheiros possuem registro profissional na entidade.
É necessário fazer um contrato por escrito para qualquer prestação de serviços na área da construção civil para garantir que todas as etapas sejam cumpridas de acordo com o prometido, deve-se procurar sempre profissionais habilitados e realizar o contrato com a descrição de todos os serviços a serem prestados, prazos, pagamentos, e a emissão de uma ART, que é o contrato legal que atesta a habilitação. Vale também lembrar que é importante estipular no contrato quais as responsabilidades legais de mão de obra, como registro em carteira, pagamento das contrituiçoes sociais e subempreitada.

Outra forma indicada como precaução é o conhecimento do que acontece na obra, visite regularmente o local e procure acompanhar as etapas da construção familiarizando-se com os profissionais e suas tarefas, desta forma você estará a par de tudo e poderá questionar a execução.


Arquiteto

É ele quem define o projeto da casa, por isso deve ser o primeiro a ser contratado, antes mesmo da compra do terreno. Ele irá orienta-lo na escolha do local para construção e nas demais decisões que você precisará tomar. Após uma consulta sobre suas necessidades preferencias e disponibilidade financeira, ele fará as plantas baixas, perspectivas e o projeto executivo da obra. Ele também pode ser o responsável técnico pela execução, fazendo a supervisão, planejamento, desenho técnico, estudo da viabilidade-tecnico-economica da obra, vistoria, perícia, mensuração, padronização, controle de qualidade e fiscalização da construção. Os serviços que ele prestará devem ser estabelecidos em contrato.

TECNÓLOGO EM CONSTRUÇAO CIVIL

Por ter um nível superior, pode transformar os conhecimentos científicos e tecnológicos, necessários aos trabalhos de pesquisa, ensino, desenvolvimento e gestão tecnológica, em processos, projetos, produtos e serviços. No campo da construção civil, o tecnólogo está habilitado a planejar, administrar e executar obras e ainda fiscalizar serviços. Pode também elaborar orçamentos e memoriais descritivos, especificar materiais, fazer o controle de qualidade, conduzir trabalhos técnicos bem como realizar análises econômico financeiras de alternativas e estudos da viabilidade técnico financeira do empreendimento.


ENGENHEIRO CIVIL

O diferencial principal no trabalho do engenheiro e do arquiteto é que o primeiro se dedica aos projetos técnicos e execução da obra. Ele deve acompanhar todas as etapas da construção e elaborar a planilha de custos da casa. O Engenheiro deve estar sempre presenta na obra para orientar os operários e dar explicações sobre os serviços técnicos da construção. É frequente sua indicação pelo arquiteto, facilitando a comunicação e esclarecimentos sobre a obra.


DEMAIS ESPECIALIDADES DA ENGENHARIA:

ENGENHEIRO CIVIL ESPECIALIZADO EM CÁLCULO ESTRUTURAL

É ele quem garante a resistência e a estabilidade da construção a partir de um projeto de estrutura. Fundamentado em nomas técnicas, define quais são os tipos de estrutura e função adequados as posições e dimensões dos pilares, lajes e vigas com base no projeto arquitetônico e no relatório de sondagem no terreno. As soluções que o calculista encontra para resolver problemas estruturais não devem interferir no projeto do arquiteto. Ele pode se responsabilizar pela execução de obras perante órgãos públicos.

ENGENHEIRO CIVIL ESPECIALIZADO EM ELÉTRICA

Responsável por projetar toda a parte de instalações elétricas, ele deve calcular a potencia de energia necessária para o consumo e estipular o tipo de entrada necessário a partir das normas da Associação Brasileira de Normas Técnias (ABNT) e das concessionárias de energia e serviços. É ele quem define o tamanho, a localização e posição do quadro elétrico. Todo o seu trabalho tem como base a análise do projeto arquitetônico. Pensando em custos de implantação e economia mensal, o engenheiro elétrico pode ajudar a definir o melhor tipo de energia e sistema mais adequado para o aquecimento de água. Ele também pode fiscalizar e executar serviços de obra e orientar a compra especificando materiais.

ENGENHEIRO CIVIL ESPECIALIZADO EM HIDRÁULICA

O projeto de instalação hidráulica é de sua responsabilidade. Ele deve incluir sistemas de água, esgoto, gás e águas pluviais. O engenheiro hidráulico desenvolve o projeto a partir de cálculos de vazão e pressão desenhos e memoriais descritivos que indicam espaços e locais para instalação de caixa d’água, aquecedores, bombas de pressurização e caminhos de tubo para águas quente e fria.

MESTRE DE OBRAS

É ele quem verifica se as ordens do engenheiro estão sendo cumpridas e faz com que prazos e especificações sejam respeitados, sua presença na obra é fundamental do inicio ao fim da construção. Dentre suas funções também estão a análise da mistura do concreto, verificação das medidas das formas, espessura e quantidade de ferro, posição e alinhamento das paredes e tubulações. Este profissional não tem formação acadêmica, mas conhece todas as etapas da obra na prática.

Servente

Ajuda a todos os trabalhadores da obra e por isso aprende um pouco de cada função. Ele auxilia diretamente o pedreiro, o carpinteiro e o armador e ainda faz o transporte de materiais e preparo da argamassa. Também deve estar presente na obra do inicio ao fim.

ENCARREGADO

Assume o comando na ausência do mestre de obras, executando suas funções. Acompanha a construção do começo ao fim.

Pedreiro

Entre outras funções, é o responsável pela execução  da construção de alvenaria, concretagem e assentamentos de piso e parede. Cuida também dos materiais que serão utilizados na obra, como argamassa, mistura de cimento, areia e água. O engenheiro pode indicar a contratação de um pedreiro de sua confiança.

Carpinteiro

É ele quem constrói o cande obras quando este for em madeira. Além disso, tem a função de cortar, montar e instalar peças de madeira, como andaimes, tapumes e formas estruturais. Já a instalação das esquadrias de madeira fica por conta do marceneiro.
  
Empreiteiro

Este profissional é responsável por toda mão de obra. Ele deve orientar e controlar todas as etapas da construção. Além disso, ele pode ser responsável também pela compra parcial ou total dos materiais da construção e acabamento.

Armador

Executa os serviços de estruturas como vigas, lajes e estruturas. É imprescindível sua participação desde a fase de execução das fundações até a conclusão das lajes. É ele quem deve dobrar, cortar e montar os ferros estruturais, monta a armadura dentro da estrutura.
Serralheiro

Efetua uma Montagem de esquadrias de Proteção, Portões, Escadas corrimãos e peitoris de ferro, de Além dos Demais Trabalhos com Este material. Caso SEJA materiais Utilizado metálico no Telhado, o serralheiro desen executar o Trabalho de Montagem.

ENCANADOR

E Responsável Pela Execuções fazer Projeto de Instalação hidráulica Feito Pelo engenheiro. Ele. desen Estar na Obra em Tres momentos: Durante a Construção fazer canteiro, parágrafo Fazer o Ponto de Água; na Execuções da Estrutura, parágrafo encaixar um Tubulação de Passagem, e parágrafo Instalar OS Tubos e Ligar OS pontos de Distribuição.

PINTOR

Tenha cuidado ao escolher este profissional que será responsável pela apresentação visual da sua casa. O bom profissional tem que ser cuidadoso e executar o trabalho em um ambiente sem sujar os demais, para evitar problemas faça um contrato que estipule todos os serviços que ele deverá prestar e discrimine prazos.

Eletricista

Para interpretar as plantas feitas pelo engenheiro é o profissional mais indicado. Entre outros trabalhos efetua as ligações de luz elétrica, tanto as provisórias quanto as permanentes e faz as instalações de telefonia.

Gesseiro

Forros e trabalhos de sancas de gesso entre outros componentes feitos deste material são de sua responsabilidade de instalação.

TELHADISTA

Este profissional é um carpinteiro especializado em montagem de telhados. O trabalho deve ser bem elaborado pois é uma etapa complicada e delicada da construção, pelo fato do telhado ser a principal proteção da casa. O telhadista deve ter noções de desenho técnico para realizar a leitura correta das plantas elaboradas pelo arquiteto ou engenheiro.


EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - NAO BASTA FORNECER é Preciso FISCALIZAR

O Equipamento de Proteção Individual - EPI é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde.
O uso deste tipo de equipamento só deverá ser feito quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade, ou seja, quando as medidas de proteção coletiva não forem viáveis, eficientes e suficientes para a atenuação dos riscos e não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho.
Os equipamentos de proteção coletiva - EPC são dispositivos utilizados no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger os trabalhadores dos riscos inerentes aos processos, tais como o enclausuramento acústico de fontes de ruído, a ventilação dos locais de trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, a sinalização de segurança, dentre outros.
Como o EPC não depende da vontade do trabalhador para atender suas finalidades, este tem maior preferência pela utilização do EPI, já que colabora no processo minimizando os efeitos negativos de um ambiente de trabalho que apresenta diversos riscos ao trabalhador.
Portanto, o EPI será obrigatório somente se o EPC não atenuar os riscos completamente ou se oferecer proteção parcialmente.
Conforme dispõe a Norma Regulamentadora 6, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e
c) para atender a situações de emergência.
Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA nas empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.
Os tipos de EPI´s utilizados podem variar dependendo do tipo de atividade ou de riscos que poderão ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador e da parte do corpo que se pretende proteger, tais como:

Proteção auditiva: abafadores de ruídos ou protetores auriculares;
Proteção respiratória: máscaras e filtro;
Proteção visual e facial: óculos e viseiras;
Proteção da cabeça: capacetes;
Proteção de mãos e braços: luvas e mangotes;
Proteção de pernas e pés: sapatos, botas e botinas;
Proteção contra quedas: cintos de segurança e cinturões.
O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
Dentre as atribuições exigidas pela NR-6, cabe ao empregador as seguintes obrigações:
Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
Exigir seu uso;
Fornecer ao trabalhador somente o equipamento aprovado pelo órgão, nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
Substituir imediatamente o EPI, quando danificado ou extraviado;
Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e comunicar o MTE qualquer irregularidade observada;
O empregado também terá que observar as seguintes obrigações:
Utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina;
Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio ao uso; e cumprir as determinações do empregador sob o uso pessoal;
Os Equipamentos de Proteção Individual além de essenciais à proteção do trabalhador, visando a manutenção de sua saúde física e proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho, podem também proporcionar a redução de custos ao empregador.

É o caso de empresas que desenvolvem atividades insalubres e que o nível de ruído, por exemplo, está acima dos limites de tolerância previstos na NR-15. Neste caso, a empresa deveria pagar o adicional de insalubridade de acordo com o grau de enquadramento, podendo ser de 10%, 20% ou 40%.
Com a utilização do EPI a empresa poderá eliminar ou neutralizar o nível do ruído já que, com a utilização adequada do equipamento, o dano que o ruído poderia causar à audição do empregado será eliminado.
A eliminação do ruído ou a neutralização em nível abaixo do limite de tolerância isenta a empresa do pagamento do adicional, além de evitar quaisquer possibilidades futuras de pagamento de indenização de danos morais ou materiais em função da falta de utilização do EPI.
Entretanto, é importante ressaltar que não basta o fornecimento do EPI ao empregado por parte do empregador, pois é obrigação deste fiscalizar o empregado de modo a garantir que o equipamento esteja sendo utilizado.
São muitos os casos de empregados que, com desculpas de que não se acostumam ou que o EPI o incomoda no exercício da função, deixam de utilizá-lo e consequentemente, passam a sofrer as consequências de um ambiente de trabalho insalubre.
Nestes casos o empregador deve utilizar-se de seu poder diretivo e obrigar o empregado a utilizar o equipamento, sob pena de advertência e suspensão num primeiro momento e, havendo reincidências, sofrer punições mais severas como a demissão por justa causa.

Para a Justiça do Trabalho o fato de comprovar que o empregado recebeu o equipamento (por meio de ficha de entrega de EPI), por exemplo, não exime o empregador do pagamento de uma eventual indenização, pois a norma estabelece que o empregador deva garantir o seu uso, o que se faz através de fiscalização e de medidas coercitivas, se for o caso.

TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

CAPACETE DE SEGURANÇA


É usado para proteção contra impactos de objetos sobre a cabeça e seu uso é obrigatório tanto por quem trabalha como por quem visita a obra. O casco é feito de material plástico rígido de alta resistência a penetração e ao impacto. Deve ter uma suspensão que permite o ajuste e amortece os impactos.

PROTETORES AUDITIVOS

Tem a função de proteger os ouvidos contra os níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na Norma Regulamentadora, que é de 85 decibéis para oito horas de exposição. São encontrados nos modelos plug ou abafador e podem ser confeccionados em plástico de alto impacto com acolchoado de espuma proporcionando uma perfeita vedação

LUVAS

São usadas para proteger as mãos e os punhos dos operários contra agentes abrasivos, escoriantes, cortantes, perfurantes e contra agentes químicos e vibrações. É o equipamento com maior diversidade de especificações e de uso obrigatório em qualquer etapa da obra. São fabricadas em materiais como a borracha para trabalhos com eletricidade, PVC para atividades com agentes químicos e em raspa de couro contra arranhões, cortes e outros tipos de machucado.

CINTURÕES DE SEGURANÇA

Existem dois tipos que são obrigatórios na construção civil. O tipo abdominal deve ser usado somente em serviços de eletricidade e em situações que funcione como limitador de movimentação. Já o cinto de segurança tipo para-quedista é de uso obrigatório em atividades com maid de 2m de altura e tem a função de evitar a queda dos trabalhadorews. Fabricados em materiais como o naylon e o couro, podem ser encontrados nos tipos para-quedista ou eletricista.

PROTETOR RESPIRATÓRIO

Protege as vias respiratórias da poeira e névoa geradas por operações e processos mecânicos em que os materiais sólidos são quebrados, moídos ou triturados. É composto por camadas filtrantes de fibras sintéticas que protegem as vias respiratórias dos usuários. É obrigatório em atividades como pintura soldagem e trabalhos com estrutura metálica.


CALÇADOS

São obrigatórios em todas as atividades de uma obra e podem ser botas ou sapatos. As botas feitas de PVC e com solado antiderrapante são usadas em locais úmidos, inundados ou com a presença de ácidos. Já os sapatos de couro devem ter solados em poliuretano. A versão com biqueira de aço protege de materiais pesados que possam cair nos pés dos usuários. Já o modelo com palmilha de aço evita perfurações nos pés.

OCULOS DE PROTEÇÃO

São especificados de acordo com o tipo de risco e são obrigatórios em atividades como demolição, carpintaria, armações de aço, estruturas de concreto e metálica, soldagem, alvenaria, trabalhos com agentes químicos ou com maçarico entre outros. São fabricados em PVC rígido ou policarbonato de celulose e naylon.

PROTEÇÃO COLETIVA
As medidas de proteção coletiva devem sempre ser priorizadas em relação as medidas individuais pois sua implantação é mais eficiente.
Entre os principais equipamentos e disposirtivos de segurança de proteção coletiva estão os seguintes:
CABO GUIA OU CABO DE SEGURANÇA: deve estar ancorado a estrutura onde são fixadas as ligações dos cintos de segurança;
DISPOSITIVO LIMITADOR DE CURSO: permite uma sobreposição segura dos montantes da escada extensível;
GAIOLA DE PROTEÇÃO: item existente na escada fixa do tipo marinheiro para evitar a queda das pessoas;
RODAPÉ E GUARDA CORPO: estes dispositivos existentes em passarelas e rampas são usados para impedir a queda de materiais e pessoas;
REDE DE PROTEÇÃO: fabricada em material resistente e elástico tem a finalidade de amortecer a queda do trabalhador;
TRAVA DE SEGURANÇA: é um sistema de travamento de máquinas e elevadores. Além destes itens, existem vários outros que garantem a segurança de quem está transitando e trabalhando na obra. Por isso é importante contar com a assessoria de um técnico de segurança do trabalho, que especificará o que não poderá faltar em sua construção




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